Entre 42 animais capturados no litoral fluminense recentemente, cinco tubarões pescados em Copacabana e no Recreio dos Bandeirantes apresentaram níveis de mercúrio acima do permitido para consumo pela Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
O risco de contaminação humana com mercúrio a partir do consumo de pequenos tubarões, chamados de cação, é apontado em um estudo liderado pelo Instituto Oswaldo Cruz, da Fiocruz, em parceria com as universidades Federal e Estadual do Rio de Janeiro e a Unirio.
Entre 42 animais capturados no litoral fluminense recentemente, cinco tubarões pescados em Copacabana e no Recreio dos Bandeirantes apresentaram níveis de mercúrio acima do permitido para consumo pela Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
O mercúrio é um metal tóxico, listado pela OMS, Organização Mundial da Saúde, como um dos dez contaminantes de maior preocupação para a saúde pública.
Segundo a coordenadora do estudo e pesquisadora do Laboratório de Avaliação e Promoção da Saúde Ambiental do Instituto Oswaldo Cruz, Rachel Ann Hauser Davis, os resultados da pesquisa reforçam a importância de ações de conscientização e de medidas de combate à poluição ambiental.
O estudo detectou mercúrio no músculo, fígado e cérebro dos tubarões, assim como nos embriões identificados nas fêmeas grávidas. Essa contaminação pode prejudicar a saúde e a reprodução dos animais, contribuindo para desequilíbrios ambientais.
A pesquisa aponta ainda que o mercúrio representa um risco para a saúde humana, pois o cação é um pescado altamente consumido.
Fonte: RNR
Foto: Divulgação