A Semana de Integração no Interior, promovida pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), concluiu sua programação no Campus da Lapa, escolhido estrategicamente devido ao seu desenvolvimento acadêmico e institucional. Em entrevista, a reitora da UNEB, Adriana Marmori, detalhou as motivações por trás da escolha da cidade, os avanços no campus, e discutiu temas importantes, como o protagonismo estudantil e as homenagens realizadas durante o evento.
Qual a proposta da Administração Central na Semana de Integração no Interior? Por que Lapa foi o campus escolhido para encerrar a programação?
Adriana Marmori: “Bom dia. A nossa proposta de realização da Semana de Integração no Interior é considerando a multicampia da UNEB. Historicamente, essas semanas eram marcadas por aberturas na centralidade de Salvador. E nós temos feito, a cada semestre, mesas institucionais durante essa semana em várias cidades do interior. Dessa vez, o Jardim da Lapa foi escolhido porque é um campus que agora inicia uma turma de mestrado, está com a perspectiva já consolidada de mudança para um novo campus, tem se colocado no cenário baiano como um campus que produz ciência, que forma muitas pessoas, um campus importante na multicampia da UNEB.”
Além da mesa institucional, houve um momento para discutir o protagonismo estudantil. Qual a importância dos cursos da UNEB e das atividades extensionistas para Lapa e região?
Adriana Marmori: “Além da mesa de abertura, tivemos também a homenagem à Codevasf como uma grande parceira. O tema dessas mesas durante a semana foi o protagonismo estudantil, onde os estudantes apresentaram o que eles têm feito dentro da universidade, como têm avaliado o seu percurso formativo e qual a contribuição que eles têm dado à comunidade através dos projetos de extensão. Foi uma mesa extremamente rica, com estudantes de todos os cursos, trazendo a relação estreita com as questões sociais do território do Rio São Francisco.”
A senhora fez uma visita ao novo campus da UNEB no município. O que pode adiantar sobre os planos institucionais para o espaço e para a mudança?
Adriana Marmori: “Nós estivemos aqui em 2022 e já tínhamos uma área construída que precisava de finalização, dependendo ainda da rotatória. Tivemos uma boa articulação e um pronto atendimento do governo do estado para fazer a rotatória. A UNEB investiu para a consolidação do campus. Já viabilizamos também, entregamos uma van para movimentar a comunidade acadêmica, e conseguimos mais uma van de emenda parlamentar e um carro novo. Então, o investimento no campus de Lapa tem sido grande, e a expectativa é que no máximo até dezembro façamos a inauguração e a mudança para o novo espaço, com possibilidade de ampliação naquele lugar.”
Esta semana, de início do semestre, também será marcada pela primeira outorga do título de Doutor Honoris Causa da UNEB com o Conselho Universitário sendo instalado dentro de uma aldeia em Utinga. Qual a importância institucional e para os povos originários da Bahia do título que será concedido ao Cacique Juvenal Payayá?
Adriana Marmori: “Por fim, a semana será finalizada com a entrega do título de honoris causa ao Cacique Payayá na aldeia em Utinga. Para nós é importante, enquanto UNEB, que sempre chega a todos os espaços de forma interiorizada, também fazer uma reflexão sobre a produção do conhecimento e a valorização dos saberes originários, concedendo o título a um grande homem que tem lutado por seu povo e tem demarcado uma fala a partir da poesia. Faremos esse reconhecimento através da concessão do maior título da universidade, o título de honoris causa, na sexta-feira. A todos e todas convidados, será uma cerimônia muito bonita, com transmissão ao vivo pela nossa TV UNEB. Obrigada pela possibilidade de diálogo com todos os ouvintes da rádio, e que tenhamos uma semana profícua de muitas construções da academia junto à sociedade baiana e aqui no território do velho São Francisco.”
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