O valor da Cesta Básica de Salvador, calculado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), registrou uma leve redução em outubro de 2024, chegando a R$ 550,94. Comparado ao mês anterior, a queda foi de 0,64%, o que representa uma economia de R$ 3,54 em relação a setembro. Este é o quarto mês consecutivo de redução nos preços da cesta.
Produtos com maior queda e alta de preços
Entre os 25 itens que compõem a Cesta Básica, 13 registraram queda de preço. A cebola liderou as reduções com uma queda de 20,10%, seguida pelo flocão de milho (-15,24%) e a banana-prata (-11,08%). Outros produtos que tiveram diminuição significativa nos preços foram a batata inglesa (-8,08%) e os ovos de galinha (-7,72%).
No entanto, 12 produtos apresentaram aumento de preço. O tomate teve a maior alta, com um aumento expressivo de 23,37%, seguido pela carne de segunda (9,69%) e carne de primeira (7,55%). Além disso, outros itens como o macarrão (5,61%) e a manteiga (3,82%) também subiram.
Impacto nas refeições: almoço em alta e café da manhã em queda
Ao analisar o impacto nos alimentos típicos das refeições dos soteropolitanos, os produtos relacionados ao **almoço** (feijão, arroz, carnes, farinha de mandioca, tomate e cebola) apresentaram uma elevação de 3,84%. Esse grupo é responsável por 31,88% do valor total da cesta.
Em contrapartida, os itens tradicionais do **café da manhã** (café, leite, açúcar, pão, manteiga, queijos e flocão de milho) registraram uma pequena redução de 0,18%, compondo 36,06% do custo total da Cesta Básica.
Comprometimento do salário mínimo
O trabalhador soteropolitano precisou destinar 92 horas e 47 minutos de trabalho para adquirir a Cesta Básica em outubro. Isso equivale a 42,18% do valor líquido do salário mínimo, que é de R$ 1.306,10, após o desconto da contribuição previdenciária.
Essa leve redução no custo da Cesta Básica contribui para aliviar um pouco o orçamento familiar, especialmente considerando a contínua queda de preços nos últimos quatro meses. No entanto, o aumento nos preços de itens essenciais como o tomate e as carnes impõem desafios adicionais ao consumidor.
Assessoria de Comunicação
Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia – SEI