

DA REDAÇÃO
Atualizado em 24/05/2021 às 13h15
Um domingo triste para a família Evangelista. Vaneide Evangelista da Silva, de 55 anos, conhecido como Nei, morador do bairro João Paulo II, pai de 3 filhos e esposo de dona Maria da Glória, conhecida por todos como Santa, no início da tarde de ontem (23), pegou a tarrafa e foi pescar na Lagoa da Lapa com um amigo. Por causa da pandemia, Nei utilizava a pesca para ajudar no orçamento doméstico. Ao jogar a rede na água, o barco em que estavam, virou. Ambos nadaram em direções opostas até as margens da lagoa.
Porém, o amigo quando o viu do outro lado, sinalizou que o buscaria. Nei recusou esperar e voltou à nado. Antes mesmo de chegar no meio da lagoa, passou mal e a convulsão o impediu de continuar nadando. Diante de gritos de quem assistia a tudo, principalmente sua esposa, dona Santa, ele pedia socorro. Mas infelizmente, quando o amigo chegou, ele já havia desaparecido.
Segundo informações de Roseni Evangelista da Silva, irmã da vítima e que mora em São Paulo e acompanha de longe toda essa agonia, indignada pela morosidade da busca do corpo, confirmou que a lagoa é perigosa e cheia de piranhas. A dor e angústia tomam conta do coração de Rose, que nas redes sociais, desabafa sua revolta. Impotentes no momento, a família e amigos esperam pelos Bombeiros para encontrar o corpo do pescador.




Entramos em contato com o Corpo de Bombeiros de Bom Jesus da Lapa e fomos informados pela Tenente Ana Paula que há um protocolo da corporação que deve ser seguido. “Fomos informados do afogamento no final da tarde de ontem e os protocolos não permitem entrar na água durante a noite”. A Tenente informou por telefone à redação do Portal Nova Lapa, que a ocorrência foi aberta às 17h25 (23). “Imediatamente acionamos o grupo de mergulho mais próximo, que está localizado em Vitória da Conquista. Infelizmente quando chegamos lá já estava anoitecendo”.


Os oficiais entraram na água por volta de meio dia desta segunda-feira (24) e resgataram o corpo que havia subido. Porém, continua dentro d´água, amarrado à um toco à margem da lagoa, à espera da autópsia.