DA REDAÇÃO
O entrevistado do Jornal Nova Lapa FM dessa segunda-feira(5), foi Arthur Maia. O ex-prefeito de Bom Jesus da Lapa, deputado estadual por 4 mandatos e atual deputado federal falou sobre política, economia, Adutora de água para o projeto formoso, reforma administrativa e pandemia e foi perguntado por um ouvinte sobre a falta de concurso público em 10 anos, em Bom Jesus da Lapa.
Ao se referir à Capital Baiana da Fé, Arthur Maia, falou com certo carinho ao povo lapense. Rememorou seu tempo no governo municipal e destacou a importância das emendas parlamentares – recursos para Bom Jesus da Lapa que só ele, já conseguiu R$ 18milhões de reais. “Considero como uma obrigação conseguir esses recursos, já que fui eleito pelo povo para representar o povo. Os lapenses sabem o quanto é importante o Projeto formoso não só para o município, mas para a Bahia e o Brasil. A água potável hoje é realidade para aquele povo guerreiro do projeto. Com fé em Deus, estarei aí no próximo dia 15 de julho, junto com representantes do Ministério do Desenvolvimento Regional e o Superintendente da Codevasf – Harley Xavier para inaugurarmos juntos, a tão sonhada água potável para aquela região.
Ao ser perguntado como ele atribui a falta de emprego no município onde ele também foi prefeito, o deputado federal enfatizou que é um fato bastante curioso. “Na Lapa temos duas vertentes de trabalho. De um lado está a irrigação projeto formoso, pródiga na geração de emprego direto. Por outro, temos o turismo religioso – as romarias. É bem verdade que em tempo de pandemia, esse setor foi o que mais sofreu por falta de romeiros. Mas é óbvio que deve sim, haver por parte das autoridades municipais, uma preocupação com a juventude para a geração de empregos”. Arthur falou sobre a possibilidade de capacitação turística, técnica que fomente o conhecimento essas ações ajudam a enfrentar o problema do desemprego no município. Quando prefeito, trouxe escola técnica e promoveu conhecimento para juventude no campo da educação.
Maia rememorou sua posse: “Na véspera da minha posse a prefeitura da cidade foi depredada. Colocaram fogo em parte da prefeitura. Assumi o posto em condições precárias. Fui o primeiro prefeito a instituir no município, o salário mínimo e a garantir que todos os funcionários fossem pagos em dia. Foi um avanço à época. Realizei concursos públicos. Na educação, criei dezenas e dezenas de salas de aulas. Capacitei professores que antes eram leigos na área. Municipalizei o Hospital Carmela Dutra e a saúde em geral de Bom Jesus da Lapa. Fui prefeito em uma época que o Brasil era muito mais pobre. A inflação era galopante. Eu só tinha 28 anos. Não recebi nenhum centavo de convênio federal. Mas me orgulho quando deixei o município com 82% de aprovação da população”.
PROBLEMA AGRÁRIO: Sobre o projeto formoso ele falou que pegou a obra com quase 40% iniciada e entregou com 100% concluída (Canais, vilas do setor 33, estações de bombeamento e eletricidade). Durante todo esse processo travou sérias lutas com grileiros de terras para garantir a posse de terra ao Quilombo do rio das rãs. Atuou fortemente no problema agrário.
PANDEMIA- O BRASIL FALHOU: Ao falar sobre o Coronavírus, Arthur destacou como desastrosa a ação do governo federal durante a pandemia. Em vários aspectos o Brasil falhou. Lamentou o deputado, por exemplo, a demissão de Mandetta. Classificou como catastrófica a administração de Pazuello. Elogiou o trabalho que Queiroga vem fazendo na pasta.
PONTOS POSITIVOS: “Não sou da base do presidente Bolsonaro. Mas ele teve pontos positivos no que diz respeito agenda econômica. Conseguiu segurar a inflação, agora saiu um pouco do controle, mas deverá crescer aí 5%. Na infraestrutura, o Brasil tem tido um bom desempenho, basta ver o avanço da ferrovia oeste leste. Outro ponto importante e que temos percebido um crescimento exponencial é na Agricultura. O Brasil vendeu muito. Mas o presidente falhou no processo no que diz respeito a pandemia.
REFORMA ADMINISTRATIVA: Ainda sobre a economia e a reforma administrativa Arthur Maia disse que a máquina pública é cara, é pesada e é ineficiente. “O Brasil gasta muito com educação e ainda temos um índice muito a quem do aceitável. É preciso a reforma administrativa para mostrarmos que estamos gastando bem tudo que arrecadamos. Aumentar impostos a fim de desonerar a produção e onerar o consumo, ou seja, os ricos tem que pagar mais impostos.
10 ANOS SEM CONCURSO: Sobre os 10 anos sem concurso na Lapa ele foi cirúrgico: “É uma vergonha retundante. Eu quando prefeito, fiz concursos públicos. Meu irmão, quando prefeito, também fez. Mas se a prefeitura da Lapa não fez nestes 10 anos, estão valendo de artifício para fazer politicagem com cargos da prefeitura. É preciso que vereadores denunciem. É necessário que o Ministério Pública intervenha e cumpra seu papel, intime o município a realizar o concurso para evitar que sejam distribuídos cargos apadrinhados.
Nas considerações finais, agradeceu a participação e pontuou que o seu mandato em Brasília, continua sendo um instrumento de defesa da Bahia e da querida Bom Jesus da Lapa, cidade na qual ele terá sempre as melhores recordações. Se você quiser ouvir à íntegra da entrevista, logo mais estará disponível em podcast aqui em nosso portal.