sexta-feira, novembro 15, 2024
InícioPrincipalJustiça de SP dá cinco dias para Pablo Marçal explicar uso das...

Justiça de SP dá cinco dias para Pablo Marçal explicar uso das suas redes sociais em campanha eleitoral

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) determinou que Pablo Marçal, candidato à prefeitura de São Paulo, tem cinco dias para explicar o uso de suas redes sociais durante o período eleitoral.

A determinação faz parte de uma ação protocolada pela Bancada Feminista, mandato coletivo do PSOL na Câmara de SP, que pede a investigação do ex-coach por abuso de poder econômico e uso indevido das redes sociais.

Além disso, a ação requeria, de forma liminar, a suspensão da candidatura de Marçal. No entanto, o juiz eleitoral, Antonio Maria Patiño Zorz, negou o pedido por ainda não existir condenação “pelos fatos descritos” contra o candidato. “Esses elementos iniciais trazidos pela parte interessada serão submetidos ao contraditório para aferir a caracterização do abuso”, informa a determinação.

A Bancada cita uma reportagem do Intercept Brasil que revelou que um anúncio do Google que direciona o usuário para o site da campanha de Marçal foi pago pela maquiadora da mulher do influenciador. “O anúncio é crime eleitoral: a lei brasileira proíbe que terceiros paguem por publicidade eleitoral em nome de um candidato. Também é irregular porque o Google, em tese, proíbe anúncios políticos desde abril deste ano”, conforme a denúncia.

“A big tech permitiu impulsionar — isto é, pagar para que a postagem seja vista por mais pessoas — o anúncio, o que privilegia Marçal frente a todos os outros candidatos nas plataformas do Google”.

Com aposta em vídeos curtos que prendem a atenção e que rapidamente viralizam nas redes, Marçal é o candidato com maior popularidade digital entre os concorrentes à prefeitura. Para isso, ele conta com um exército de seguidores que fazem os cortes para ele.

“Nossa ação judicial foi para alertar as instituições de que o abuso de poder econômico pode estar em curso neste exato momento. Ou seja, a democracia pode estar sendo atropelada por esquemas financeiros e a resposta precisa ser rápida”, afirma a co-vereadora do PSol, Silvia Ferraro.

Em agosto, a Justiça Eleitoral suspendeu seus perfis nas redes sociais por considerar que há indícios de que o candidato cometeu abuso de poder econômico ao remunerar seus seguidores. A determinação foi feita em uma ação, protocolada pelo PSB, partido da também candidata Tabata Amaral.

Notícias Relacionadas
- Advertisment -

Mais Populares