Milionário, aos 58 anos, sonha substituir Tite após a Copa de 2022. Precisa de elenco forte, títulos. Essas questões vão pesar na sua decisão. Milionário. Com o sonho explícito de assumir a Seleção Brasileira, depois da Copa de 22. Renato Gaúcho sabe. Seu mais recente passagem no Grêmio foi excelente, durou cinco anos. Libertadores, Copa do Brasil, Recopa Sul-Americana, três Gaúchos.
Já no final de 2019, ele vivia atrás do presidente Romildo Bolzan cobrando a formação de um grande elenco, capaz de encarar Flamengo e Palmeiras. Ele seria formado este ano, com Douglas Costa sendo a grande estrela. Mas vieram o desgaste natural, a perda do título da Copa do Brasil para o Palmeiras e a eliminação na Pré-Libertadores.
Renato Gaúcho, que havia recusado R$ 1,2 milhão mensais e um elenco de R$ 140 milhões do Atlético Mineiro, se viu sem emprego.
Recusou logo após a sua saída, conversar com o Santos. Sabia que Cuca levou o elenco frágil ao limite. E ainda sem Lucas Veríssimo, Soteldo e com a mais que provável saída de Marinho, R$ 700 milhões em dívidas, não haveria nem como sonhar com títulos.
A diretoria do Corinthians foi pressionada, principalmente pelas organizadas para a demissão de Vagner Mancini. Com quase R$ 1 bilhão em dívidas, Duílio Monteiro Alves decidiu buscar um treinador importante, com carisma. Alguém que tirasse o foco dos dirigentes e até dos jogadores.
E Renato Gaúcho foi o escolhido. Houve ontem a reunião entre Duílio e o ex-presidente e agora diretor de futebol, Roberto de Andrade com Gerson Oldemburg, o ‘Gauchinho’ empresário do treinador, no Centro de Treinamento.
Promessas foram feitas como a busca de três ou quatro bons reforços no segundo semestre. Contrato de dois anos, mais um prorrogável.
- Salários de R$ 800 mil, mais bônus.
- Prêmios por títulos, desempenho.
- Renato Gaúcho ficou de analisar.
- Escolher o melhor caminho.
- Ele sabe que o trabalho no Corinthians é a médio prazo, no mínimo. Que pode ir além da Copa de 2022.
Ele sempre evitou trabalhar em São Paulo quando era jogador, devido às cobranças, muitas vezes, exageradas. Esteve perto do São Paulo e do Palmeiras, mas desistitu na última hora. O argumento que Vanderlei Luxemburgo, Mano Menezes, Parreira e Tite deixaram o Corinthians para assumir a Seleção Brasileira se esvai. Apesar de o Corinthians ser um enorme holofote para a carreira de qualquer técnico. Todos tiveram grandes elencos quando saíram.
Renato Gaúcho está no Rio de Janeiro. Analisando com seu empresário, seu auxiliar de confiança, Alexandre Mendes, que rumo tomar. No Corinthians, a diretoria está dividida, entre otimistas e pessimistas, na expectativa pela resposta do treinador. Até quinta-feira, ele deverá responder. Embora afirme não haver plano B, Duilio e Roberto Andrade precisam reagir rápido, caso ouçam não. Guto Ferreira, Carille, Lisca Doido. Todos são possibilidades reais. Mas a prioridade é Renato.
Fonte: R7BA
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