Os motores não serão as únicas novidades da F1 na temporada 2026. A categoria ganhará também um novo carro, que promete ser mais ágil, sustentável e moderno, visando proporcionar mais chances de ultrapassagem e melhorar a disputa na pista. Os detalhes do futuro regulamento técnico foram divulgados nesta quinta-feira pela Federação Internacional do Automobilismo (FIA).
Uma das maiores novidades é o fim do DRS (sistema de redução de arrasto, com a abertura das asas traseiras) e a introdução do dispositivo denominado “Modo de ultrapassagem manual”. Ele poderá ser ativado pelo próprio piloto para favorecer manobras sobre o carro da frente – fornecendo 350 kW até 337 km/h de potência extra ao motor. Para usá-lo, o piloto deve estar a menos de 1s do rival.
Ainda não há detalhes de como, exatamente, esse modo será instalado nos carros, mas há sistemas semelhantes em forma de um botão em categorias como a Fórmula Indy (“push to pass”), Fórmula E (“modo de ataque” e “fanboost”) e Stock Car no Brasil (“push to pass”).
A expectativa é que os pilotos ganhem mais autonomia na gerência do carro, que ganhará asas dianteiras móveis – além da traseira, embora o sistema chamado de “asa móvel” seja descontinuado. As asas da frente serão compostas por duas abas e mais estreitas que as atuais. As traseiras, terão três elementos e vão ser simplificadas.
Outra mudança importante é a redução drástica do efeito solo, no qual a pressão aerodinâmica do carro é gerada pelo assoalho; o fundo dos carros agora será parcialmente plano e o difusor, menos potente.
Os carros poderão alternar entre duas configurações: uma para economizar combustível e maximizar a velocidade nas retas (Modo X) e outra para andar mais rápido nas curvas (Modo Z). Esses dois modos serão ativados pelo ângulo das asas do veículo.