sábado, janeiro 18, 2025
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Decreto, comércio, polícia, fechamento da cidade. Este é o resumo da manhã, em Bom Jesus da Lapa

DA REDAÇÃO
Por Viviane Carvalho

Quarta-feira (19) de maio. O dia começou com os ânimos à flor da pele para comerciantes e comerciários, em Bom Jesus da Lapa. Depois de uma histórica carreata na cidade em prol da reabertura do comércio, contrariando o decreto municipal nº125 que deve vigorar até dia 25 de maio, próxima terça-feira, os comerciantes reabriram as lojas nesta manhã.

A Guarda Municipal e a Polícia Militar foram às ruas para manterem a ordem pública e impedir que o comércio funcionasse. Em algumas abordagens, foram gerados tumultos que em seguida, foram controlados de forma pacífica. Incrédulos no que estava acontecendo, empresários e a população que acompanhavam todo o ato, comentavam que o decreto está penalizando o comércio e o povo lapense.

“Seis famílias dependem do meu comércio. Ninguém ouve a gente”, disse Júnior, comerciante há 14 anos na cidade. Se não tiver meios para sobreviver, a morte é certa. Disse um dos empresários que foi orientado a obedecer a lei e baixar as portas do seu comércio, resistiu inicialmente, mas acabou cedendo.

Depois de um acordo entre empresários e a polícia, as lojas abertas fecharam às 9h10 da manhã. Quando tudo parecia resolvido e encerrado por ali mesmo, comerciantes e populares foram para estrada federal BR 430, onde fizeram uma barreira com pedras e pedaços de madeiras, impedindo o acesso de uma das vias mais importantes do oeste baiano.

Ao som do hino nacional, os manifestantes gritavam: “Queremos trabalhar”. Depois de abordados novamente pela Polícia, foram orientados a deixarem o local e liberarem o trânsito. Antes de desfazerem o bloqueio, organizadores da manifestação deixaram um recado para o governador Rui Costa e o prefeito Fábio Nunes.

“Não é a vontade de nenhum de nós, estar aqui, hoje. Nós queríamos estar nos nossos comércios, gerando renda e tributos para o Estado. Mas vocês não nos deixam trabalhar”.

“Prefeito, o senhor tem autonomia para autorizar o trabalho no comércio”, pediram flexibilização para o munícipe.

Ao passar a palavra para o presidente do CDL- Vagner Costa, o empresário dirigiu diretamente ao chefe de estado: “Governador, nós sabemos e entendemos que o distanciamento social é fundamental e que a vacina é de suma importância para conter a triste disseminação do vírus. Mas porque não são feitas ações que geram festas clandestinas e aglomerações nas casas? Vocês estão combatendo o trabalhador, em nossos comércios trabalhamos com responsabilidade, não entra ninguém sem máscara. Seguimos todos os protocolos de prevenção e disseminação do coronavírus. Não bote essa conta para o setor produtivo pagar.

Durante o período eleitoral, porque o senhor não determinou que fosse usado as forças policiais para impedir as aglomerações? “Governador, nosso movimento é em defesa da nossa atividade”, finalizou Wagner, chamando todos que ali estavam para encerrar a manifestação em frente à Câmara Municipal, a casa do povo.

A responsabilidade em cumprir nossos compromissos com funcionários e fornecedores nos levam a tomar esse tipo de atitude.  O justo é todo mundo aberto ou todo mundo fechado, declarou, dona Alzenir, proprietária de loja de eletrodoméstico na cidade.

Fotos: Portal Nova Lapa

 

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