segunda-feira, janeiro 13, 2025
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Aluguéis terão reajuste de 37%. Em Bom Jesus da Lapa Imobiliárias não aderiram ao aumento.

“Meu contrato de aluguel vence no final do mês. Eu estou preocupada. Já estou procurando outra casa porque o proprietário do imóvel que eu moro não aceita negociar e quer o reajuste de qualquer jeito. Aqui em casa nós dependemos apenas do salário do meu esposo. Está muito difícil”, relatou Aparecida Moreira Santana, 32 anos, casada, mãe de dois filhos e dona de casa.

Sua preocupação parte do novo aumento para atualização de contratos que disparou em maio. O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), responsável pelo reajuste da maioria dos contratos de aluguel vigentes no Brasil, subiu 4,10% só em maio, de acordo com informações divulgadas nesta sexta-feira (28) pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).

A alta mensal corresponde a uma forte aceleração em relação ao avanço de 1,51% registrado em abril. A guerra agora é entre o proprietário e inquilino que devem negociar outro indicador de preço para chegar a um denominador comum.  Nos acumulados dos últimos 12 meses, o indicador teve crescimento de 37,04%, percentual que será usado para reajustar as locações com vencimento em junho. Para evitar o reajuste significativo, imobiliárias e proprietários já anteciparam e partiram para a renegociação com o inquilino para garantir a permanência no imóvel locado.

COMO É FEITO O CÁLCULO DO IGP-M?  O cálculo do IGP-M leva em conta a variação de preços de bens e serviços, bem como de matérias-primas utilizadas na produção agrícola, industrial e na construção civil. Por isso, a variação é diferente da apresentada pela inflação oficial (IPCA), que calcula os preços com base em uma cesta de bens determinada para famílias com renda de até 40 salários mínimos.

Para evitar que o aumento pese no bolso de inquilinos e proprietários, imobiliárias e corretoras passaram a negociar os valores em Bom Jesus da Lapa.

“O percentual de 37% de acréscimo é muito alto, não tem condições nenhuma de repassarmos isso aos nossos clientes. Entendemos que é necessário conversar com cada inquilino em particular. Só assim, depois de avaliado cada contrato, chegaremos a um acordo bom para ambas as partes.”, disse Uilson Ricardo Magalhães, proprietário de uma imobiliária na cidade.

Ênio Franklin é corretor há anos, nunca viu uma situação como esta. “Graças a Deus para vendas não tenho o que reclamar”, disse ele ao se referir a alta procura por casas do projeto Minha casa minha vida. Porém, com o aumento de preço dos itens de material de construção, tem encontrado dificuldade com o prazo de entrega dos imóveis. Concorda que o valor do IGP-M está bem salgado e que em Bom Jesus da Lapa esse índice não tem como ser aplicado e muito menos repassado. “A saída é renegociar e chegar a um acordo”, concluiu.

Ambos foram unânimes em concordar que desde o início da pandemia, a questão financeira desestabilizou um pouco a relação proprietário e inquilino. Porém, na Lapa, a renegociação é levada sempre em primeiro lugar.

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